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Para você, leitor, que chegou a este livro pelo amor aos gatos, prepare seu coração. Que destino se reserva a Dom, o gatinho herói desta história?

Sedutor e manhoso, dono de seu destino e irrequieto, livre para ser o que quiser, como ensina a sua raça, achará asilo definitivo, uma família para abrigá-lo dos dissabores do tempo? Gente de casa, com comida e cuidado, pode entender linguagem e jeito de gatos e perdoar suas muitas travessuras?

Essa é uma história que fala, sobretudo, de amor, de modos como o afeto vai se constituindo em nós, as tarefas que esse sentimento demanda, os gestos que correspondem ao genuíno sentimento de amizade. Pelas aventuras e desventuras de Dom, vemos que o amor nem sempre é algo para viver sem dissabores, porque a diferença de nossas naturezas pode causar incompreensões e afastamentos.

Já não avisara o poeta Camões que “tão contrário a si é o mesmo amor”? Quem tem coração que se prepare, porque viver dá trabalho, e amor então…

Essa primeira narrativa de Francisco dedicada as crianças mostra a sensibilidade de um autor que se faz menino entre meninos, um quase gato entre gatinhos. Mistura de bela prosa com muita poesia. (Luiza Silva, poeta amante de gatos).

Este é um livro que todo pai, toda mãe, todo(a) cuidador(a) deveria ler para a criança toda vez que ela for ganhar um irmãozinho, uma irmãzinha. A história conversa com o adulto e com a criança. Além disso, há um breve texto de uma psicanalista explicando como é para a criança perder o seu troninho. De fato, não há outro livro igual.
Para você ter uma ideia, veja o que escreveu o pesquisador da área da literatura infantil, Dr. Diógenes Buenos Aires: “O que significa ganhar um irmãozinho? Para o adulto parece algo óbvio e bastante pacífico, pois responde com o seu lado racional que norteia o seu estado emocional atual. Para a criança, todavia, não é tão simples e tranquilo! É um turbilhão de emoções novas que entra em cena. Ela mal começou a tecer a sua narrativa e a entrada de uma nova personagem surge provocando alterações nos papéis familiares da sua história com perdas e ganhos, pois deixou de ser filho(a) único(a) para ser o(a) filho(a)/irmã(o) mais velho(a), ganhou um irmão e perdeu o trono. É nesse contexto familiar e existencial complexo que o(a) leitor(a) vai acompanhar o pequeno Téo, que, no inicio da sua trajetória, se vê diante dessa situação inusitada e desafiadora. Como o Téo vai responder? O leitor só vai descobrir se percorrer o universo ficcional do Téo, criado por Francisco Neto Pereira Pinto, um lugar de descobertas/provocações a partir do ponto de vista do protagonista infantil.”

Surpreendente do início ao fim. Embora seja uma coletânea de contos, pode ser lida como um romance. Nas palavras da professora da USP, Neide Luzia de Rezende, À beira do Araguaia ‘é um livro de pequeno tamanho, mas uma obra de grande qualidade literária.’

Um dos detalhes que tornam esta obra apaixonante é que as treze narrativas têm como protagonistas o casal Ana e Pedro, acompanhados ora ou outra pelos seus filhos Eve e Teo, e pelos gatos Calíope e Dom. Outro destaque é a casinha da família, situada no alto da ribanceira do Rio Araguaia, de onde podem ver as águas correndo rio abaixo e ouvir os ribombos da cachoeira rio acima. Sobre esse livro ímpar, o professor de literatura da UFMG, Marcelo Chiaretto, escreveu o seguinte belo comentário:
Há certa literatura regionalista que busca enfatizar peculiaridades locais, propagando linhas do momento histórico e da realidade social com vigor marcadamente romântico. Segundo essa perspectiva, o local deve ser exaltado com intensidade conforme uma ânsia por afirmá-lo como identidade nacional. Na obra de Francisco Neto Pereira Pinto apresentada nesta oportunidade por um conjunto de contos, a afirmação nacional é suplantada por um olhar universalista e arrebatado pela existência humana em uma natureza exuberante, possibilitando a expressão de uma dimensão psicológica do componente nativista que encanta o leitor. Nas páginas desse livro, é impossível evitar o cheiro da mata, o barulho do rio ou o canto dos pássaros, um quadro que seduz e que, ao mesmo tempo, nos instrui sobre a influência do elemento cultural na configuração da natureza do ser humano.

Podcast com o autor: